Pinus Híbrido - Uma nova opção

Pinus Híbrido - Uma nova opção

Publicado em 2012



Existem diversas espécies de pinus, dentre as quais algumas são selecionadas pelo seu potencial de produção de madeira, ou para a produção de resina. No Brasil, as espécies que se destacam para a obtenção da goma resina são: o pinus elliottii var. elliottii, encontrado nos estados do sudeste e sul, é uma espécie sub-tropical resistente a climas mais frios, e as características de sua resina são: a produtividade, fluidez e qualidades químicas que proporcionam derivados de alto valor agregado, e melhor aceitação no mercado. Existem as espécies tropicais de pinus, as mais frequentes são:
 caribaea var. caribaeacaribaea var. hondurensiscaribaea var. bahamensis, encontradas no sudeste e centro- oeste, em sua maioria. As características de sua resina são: a alta produtividade, o endurecimento da resina com maior rapidez, e a formação de grandes quantidades de "raspa de goma" no painel de resinagem. Motivo pelo qual não há tanta diferenciação da resina e da raspa de goma nestas espécies. As resinas tropicais possuem um preço pouco abaixo da resina elliottii
Entre os pinus tropicais cita-se também o oocarpa, espécie cuja resina é mais líquida que as caribaeas, porém o breu obtido é de menor qualidade devido o alto índice de materiais insaponificáveis.
Visando o melhoramento genético das plantas, para obter melhores resultados tanto em precocidade, qualidade da madeira, e produtividade de resina foi desenvolvida a espécie de pinus híbrido, inicialmente na Austrália, e posteriormente no Brasil, entre as espécies elliottii var elliottii X caribaea var hondurensis, denominada Pinus Híbrido  eliliondurensis F2. 
A empresa Pinus Brasil investe na formação de mudas da espécie híbrida e possui plantações desde 2000, na região de Buri-SP, e segundo estudos da empresa o seu ciclo de produção apresenta uma redução de dez anos entre a implementação e o corte final. 
Outros cruzamentos tem sido testados, porém a espécie de maior viabilidade para a produção de resina tem se mostrado no pinus híbrido F2.


Podemos observar que o pinus híbrido, possui características de ambas as matrizes, tanto na precocidade quanto na produtividade, a floresta da foto abaixo tem 9 anos de idade. A resina é branca e menos fluída, com o endurecimento mais parecido com a espécie tropical.
A casca do pinus híbrido também apresenta as características do pinus tropical, sendo mais espessa. O fuste (tronco) é retilíneo, e a copa volumosa.
Segundo o site da empresa Pinus Brasil, em levantamentos técnicos, o incremento volumétrico foi 181,3% superior com 3,5 anos de idade , e 237,4% superior com 5 anos de idade, em comparação com pinus elliotti var. elliottii, podendo realizar o primeiro desbaste com 5 anos, e o segundo aos 8 anos, possibilitando o corte final aos 12 anos.
Reduzindo o ciclo entre o plantio e o corte, pode-se conseguir maior produtividade por hectare,  e a diminuição dos custos operacionais, com retorno antecipado dos investimentos, aliando a atividade da resinagem para conseguir melhores resultados.



Por. Thannar Bubna


Direitos Autorais Reservados.

Postado por thannar bubna às 19:20 

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