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Profissão - Resineiro

Profissão - Resineiro

Publicado em 2012



Nos anos 60 foram implantadas no Brasil florestas de pínus em diversos estados através de incentivos fiscais do governo, principalmente no sul e sudeste, e a partir da década de 70 iniciaram-se as primeiras resinagens, quando foram surgindo empresas que se especializaram na extração da resina, e em meados de 1980 foram instaladas as primeiras destilarias de breu e terebintina e outros derivados, o que proporcionou o crescimento do setor, e o mercado brasileiro foi passando da condição de importador para a de exportador.
As áreas de resinagem foram aumentando gradativamente, e a profissão do "resineiro"...
foi se popularizando, com a conjuntura econômica da época, tornou-se uma alternativa de trabalho, que exigia pouca qualificação e nenhuma experiência, e até mesmo crianças e adolescentes aprendiam a resinar, pois acompanhavam os pais que iam trabalhar e acabavam herdando a profissão, com a idade passavam a fazer parte efetiva das empresas de resinagem.
Com o passar dos anos as regras trabalhistas foram tornando-se mais exigentes e o trabalho infantil foi proibido, o que foi um avanço, mas ainda levaria tempo para as condições de trabalho melhorarem significativamente.
A profissão do resineiro consiste basicamente em realizar todas as etapas da resinagem, desde a roçada dos talhões, da confecção dos recipientes, da instalação, estriagem e coleta da resina, um verdadeiro resineiro está apto a desenvolver qualquer das etapas que envolvem a resinagem, até mesmo o carregamento da produção. Cada empresa trabalha no sistema em que mais se adapta, e com o passar do tempo os trabalhadores vão adquirindo experiências diferentes nas empresas por onde passam, há casos em que o resineiro trabalha por muitos anos na mesma empresa, há casos em que há rotatividade, e até mesmo casos em que o funcionário torna-se empresário e abre sua própria resinagem.
Geralmente existe dentro das empresas uma hierarquia de comando, em que o empresário de resinagem ou "patrão", designa uma pessoa de confiança para ser o Encarregado, existem os "fiscais" ou "líderes" de equipe. Mas em ambos os casos é comum que esses níveis sejam ocupados por funcionários da produção, que acabam se destacando, pois é necessário certo conhecimento do trabalho e perfil de liderança para tais cargos.
Outro setor que existe dentro de uma resinagem é o dos "mensalistas", o tratorista e os ajudantes, que se ocupam com a remoção e carregamento dos tambores colhidos, entre outros serviços gerais. 
Com a nova legislação trabalhista surgiu também o posto de Técnico de Segurança do Trabalho, que atua juntamente com os funcionários para promover a segurança e higiene no trabalho.
Algumas empresas, também possuem Técnicos Florestais, e Engenheiros Florestais próprios ou terceirizados.
É possível dentro das empresas de resinagem o trabalhador que inicia na produção, ser promovido para cargos de confiança e liderança, dependendo de seus méritos e atitudes.
Em outros países, principalmente na Europa, a profissão de resineiro é mais antiga, como em Portugal, Espanha, França, Russia, Áustria, entre outros. Porém com a entrada de países asiáticos no mercado, houve uma diminuição sensível no número de resineiros nesses países, chegando até mesmo a desaparecer. Muitos optaram por outras profissões, mas ainda existem remanescentes em alguns lugares.
Hoje há um movimento que busca a retomada do setor em vários países, como fator para auxiliar a geração de empregos, amenizando os efeitos da crise atual.
Nos países asiáticos, que geralmente são bastante populosos, ainda pode-se ver os resineiros levando a produção do dia para vender na porta das fábricas, a um baixo preço. E as condições de trabalho são bastante severas e desconfortáveis, e sem os benefícios sociais e trabalhistas que temos aqui no Brasil.
Sem dúvida o Brasil tornou-se ao longo dos anos o país que proporciona as melhores condições de trabalho aos resineiros, bem como os salários pagos pela produção, benefícios sociais, fatores de segurança e higiene do trabalho, possibilidades de crescimento, e estabilidade.
O sistema adotado aqui, proporciona a melhor produtividade de resina por hectare/ano, e a melhor produtividade por homem/hectare. Sendo o sistema mais eficiente e o mais eficaz. 
Com o crescimento econômico do Brasil na última década, e plantios de novas florestas de pínus resinífero, temos condições de expandir o setor e criar milhares de novos postos de trabalho, e competir com melhores perspectivas, e ganhar mais espaço no cenário internacional dos Pine Chemicals. 

Por
Thannar


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