MELHORAMENTO
GENÉTICO DE PINUS
VISANDO A PRODUÇÃO DE RESINA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS
Por: Priscilla Antonelli, MSc, Engª Florestal
O
Brasil é o segundo maior produtor de resina do mundo, sendo as
regiões sul e sudeste o maior polo de plantios
florestais de espécies do gênero Pinus.
Dentre
as espécies do gênero Pinus,
o P.
elliottii
é a principal espécie utilizada na produção comercial de resina,
responsável por cerca de 64% da produção nacional. Recentemente,
plantios do híbrido P.
elliottii
X
P.
caribaea
vem ganhando destaque pela sua maior produtividade em biomassa, sem
excluir a qualidade da resina, que se assemelha a dos seus parentais.
É de consenso entre os pesquisadores que o caráter produção
de resina é altamente herdável e permite um expressivo melhoramento
genético mediante seleção criteriosa das matrizes produtoras de
semente. Em P.
elliottii,
foi estimada a herdabilidade da produção de resina da ordem de até
90% no sentido amplo. A maioria dos povoamentos sob exploração de
resina é constituída de material genético pouco melhorado, nesse
aspecto, existe uma grande oportunidade para aumentar a produtividade
nas próximas gerações, mediante avanços gradativos acumulados a
partir da base genética atualmente disponível, conforme ilustrado
na figura abaixo.