Estimulação Química na Resinagem

Estimulação Química na Resinagem - Qual a importância?

Quando falamos em "resinagem", termo mais conhecido para a extração de resina em pinus, uma das perguntas que é feita com frequência: "Qual a melhor pasta estimulante"?

EUA - Sistema com estimulação ácida (spray)

Primeiramente é preciso entender que nem todos os sistemas de resinagem praticados no mundo utilizam pasta estimulante, ou outra estimulação qualquer para aumentar o fluxo da oleoresina. Os sistemas mais utilizados são
o "chinês", o método "hugues", o sistema "mazek", e outros que não utilizam pasta estimulante, em recente estatística foi afirmado que apenas 10% da resinagem mundial é feita no sistema americano (semelhante aos sistemas português e brasileiro), e são aplicadas pastas estimulantes para melhorar a produtividade. O sistema americano é considerado um método moderno de resinagem, porém com referências ao método no Manual da Moderna Resinagem, em 1974, e mais atrás em estudos de meados de 1920. Sabe-se que na antiga União Soviética foram estudados diversos tipos de pasta estimulante.

A busca pelo "melhor estimulante", a "melhor pasta" tem sido objeto de diversos estudos ao longo dos anos, alguns deles na área acadêmica, outros por empresas produtoras de pasta, empresas resineiras ou mesmo pesquisadores independentes.
Diversos componentes ácidos foram testados, sendo o ácido sulfúrico o que apresentou resultados satisfatórios no decorrer dos anos.

Outros ácidos estão sendo utilizados como aditivo às pastas, como o Ethrel e o Ácido Salicílico, Sílica e outros componentes com resultados interessantes. A Pasta Vermelha, e a Pasta AS, e recentemente a Pasta Verde, têm sido utilizadas com bons resultados em diversas regiões do Brasil e em outros países.

O MEJA - Methyl Jasmonate ou Jasmonato de Metila, tem sido testado com bons resultados (AR Eldorado, e HODGES)

Existem outros estudos sendo conduzidos na tentativa de encontrar um substituto viável para o Ácido Sulfúrico.



Aspectos relacionados à produtividade, custo de produção, intervalo entre estrias, efeitos na madeira, são avaliados com objetivo de mensurar os resultados de cada estimulante e sua viabilidade.
Fatores climáticos regionais, tipo de solo, fatores genéticos, diferenças entre espécies e até mesmo entre variedades, devem ser levados em consideração na hora da escolha da pasta a ser aplicada. Por isso é importante antes mesmo de iniciar um projeto de resinagem, realizar testes de campo para analisar o comportamento de diversas pastas nas diferentes áreas.

O estimulante correto pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma resinagem.

Pode-se dizer que na realidade, não existe “a melhor pasta”, mas existe “a melhor pasta para cada área", para cada espécie, região, clima.

 

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