"Dinheiro dá em árvore?"

Matéria - "Dinheiro dá em árvore?"

Publicado em 2011



Sempre ouvimos a frase: “dinheiro não dá em árvore”, será mesmo que não?
Nos últimos anos a setor florestal tem se desenvolvido com grande rapidez, e inúmeros produtos e subprodutos são extraídos de florestas plantadas, tanto de espécies nativas quanto das “exóticas”. E podemos destacar o pinus, que além da madeira para a indústria da construção civil, setor moveleiro, celulose e papel, possui outras finalidades. O pinus foi plantado no Brasil nos anos 60 e 70 em várias regiões, através de incentivos do governo.
Do pinus é extraída a RESINA ou GOMA RESINA, que é comercialmente
industrializada e seus derivados dão origem à diversos produtos finais:
Tintas, colas, ceras, tintas para impressão, vernizes, adesivos, cosméticos, perfumaria, farmacêuticos, alimentícios, entre muitos outros.

Analisando os aspectos econômicos, sociais e ambientais da resinagem, podemos dizer que é uma atividade de grande importância para o desenvolvimento do país, pois gera empregos diretos e indiretos, gera receitas extras aos proprietários, movimentando a economia através de toda a cadeia produtiva.
A resina ou goma resina, é sim “dinheiro que dá em árvore”, ficamos atrás apenas da China que é o maior produtor mundial tanto de resina in natura, como dos derivados.
O brasil possui tecnologia, recursos e meios para tornar a atividade cada vez mais fortalecida, e mais competitiva no cenário mundial.

Mas o que esperar?
O que os proprietários devem esperar da resinagem em suas propriedades? Devem optar por arrendar ou resinar?
Muitos proprietários estão visualizando uma nova fonte de receitas em suas florestas através da resinagem, porém possuem pouca ou nenhuma experiência no assunto, por se tratar de um tema relativamente novo.
Com a forte alta dos preços entre maio de 2010 a março de 2011, muitos resineiros disputaram áreas a “preço de ouro”, e o inflacionamento do mercado acabou deixando a impressão de que resinar era sinônimo de enriquecer, e não é bem assim, é preciso ficar claro que a resinagem é um complemento da atividade florestal, um meio de antecipar receitas à propriedade.
O reflorestamento pode ser planejado, com a finalidade de extrair resina a longo prazo, ou simplesmente pode-se aproveitar o tempo que resta até o corte da floresta, ou até mesmo em conjunto com outras culturas, como o exemplo do sistema “agro-silvi-pastoril”, mas de qualquer forma deve ser encarada como opção a mais ao produtor.

Clique no gráfico para visualizar

Como podemos observar no gráfico acima, os preços da resina se mantiveram estáveis até a crise de 2008, quando os preços caíram sensivelmente, e após uma forte recuperação, o seu topo foi em 2010, quando atingiu os R$ 4 mil / tonelada, período este que chamou muita atenção de todos, tanto resineiros quanto consumidores e proprietários de florestas, e muitos imaginaram que os preços permaneceriam elevados, porém os preços voltaram a cair.
A composição dos preços da resina depende de muitos fatores, internos e externos. O custo de produção. A oferta de matéria prima e demanda dos derivados no mercado interno, a oferta dos produtos asiáticos no mercado internacional, variações cambiais, entre outros fatores.
No estado de São Paulo, segundo a CATI/CIAGRO, a distribuição das florestas de pinus (2007/2008) estão concentradas na região descrita abaixo:

Clique na imagem para visualizar

É possível planejar investimentos a longo prazo para reflorestar e extrair resina, a demanda dos produtos tendem a continuar em alta, pois ainda não existem substitutos sintéticos para estes. E os subprodutos da resina do pinus estão presentes em nossa vida, mais do que imaginamos.
Podemos dizer sim: “dinheiro dá em árvore”!

Por Thannar Bubna

Todos os direitos reservados.

Postado por thannar bubna às 11:02 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos a visita em nosso blog. Deixe seu comentário ou sugestão.

Destaque

Canal Resina de Pinus no TELEGRAM e o fim do Blog!

 A quem possa interessar.. Segue o link do novo canal RESINA DE PINUS, no TELEGRAM: https://t.me/resinadepinus Decidimos descontinuar o pres...