Influência
do Mercado Internacional nos preços da Resina
Publicado em 02/2012
A
resina de pinus é uma matéria prima de base florestal, que é
utilizada pela indústria química para diversas finalidades, e como
segundo maior produtor mundial de resina, ficando atrás somente da
China, temos os produtos derivados com ampla aceitação no mercado
interno e externo, sendo base para as indústrias de tintas,
vernizes, colas especiais, farmacêutica, alimentícia, entre
diversas outras.
Apesar
de o mercado interno ser sólido, os preços da matéria prima básica
- resina de pinus, sofrem com a volatilidade do mercado
internacional, quer seja com as variações dos derivados asiáticos,
quer seja com a crise nos países europeus e nos EUA, consumidores
dos derivados.
Ao
longo de 2010 depois de uma alta sensível nos preços, em 2011 o
cenário sofreu um forte recuo, trazendo frustração para muitos
investidores, esses fatores ocorreram primeiramente e com mais
intensidade na China, onde a flutuação dos preços do breu
(principal produto derivado) esteve entre 23mil yuan /ton caindo até
9mil yuan, sofrendo quatro ondas de baixa, e hoje os preços se
mantém estabilizados entre 10500 e 11500 yuan. (Rosineb)
Nesse
período a Europa encolheu o consumo de forma geral devido a crise
nos países da Zona do Euro, assim como os EUA, o que
contribuiu para manter os preços relativamente baixos. O Brasil
acabou absorvendo essas variações e uma queda acentuada dos preços
internacionais e no consumo dos derivados acabou gerando impacto no
campo, pois as indústrias consumidoras nacionais, para manter os
preços competitivos, baixaram os preços da compra de matéria
prima, e os produtores que haviam iniciado as atividades, ou
investido em arrendamento de novas áreas, tiveram o seu produto
desvalorizado, e para alguns no momento das primeiras colheitas.
A
impressão que essa variação causou principalmente nos
proprietários de florestas, que planejavam iniciar as atividades,
foi altamente negativa, inclusive muitos acabaram desistindo e
optaram ou por manter as florestas ou vender para o corte, porém há
que se ressaltar que, assim como comentado em matérias passadas, os
preços da resina "in natura" desde 2001 não estiveram
acima da casa dos R$ 2,00/kg, e somente entre Março/10 e Março/11
os preços ultrapassaram esse patamar, atingindo o topo, na casa dos
R$ 4,00/kg. Após esse período os preços recuaram até
aproximadamente R$ 1,00/kg.
Hoje
os valores variam entre R$ 1,25 e R$ 1,35/kg, e permanecem
estabilizados, é difícil fazer qualquer previsão, pois sempre irá
vigorar a lei da "oferta e procura", e lembramos que os
maiores compradores ainda permanecem com as sombras da crise sob suas
cabeças, seria necessária uma melhora significativa no cenário
econômico internacional, para que fosse refletido com clareza nos
preços da resina, por enquanto o que continuamos vendo é uma leve
tendência de alta, causada pela oferta e demanda nacionais.
Precisamos
considerar também o advento das novas safras no continente asiático,
entre abril e setembro ocorrem os períodos quentes e os picos de
produção.
Mais
uma vez é importante ressaltar que as empresas brasileiras,
produtoras de resina precisam buscar sempre baixar seus custos de
produção para que os impactos dos preços sejam sentidos com a
menor intensidade possível.
Por
Thannar
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