Preços
da Goma-Resina - O X da questão..
*publicado em 11/2013
O preço
da resina é um assunto que tem
sido o mais pesquisado neste blog, e creio que nos meios de busca
possíveis da internet pelo público ligado ao setor de alguma
maneira.
O
interesse não se restringe apenas àqueles ligados ao setor da
resina, da química de madeira. Estudantes, acadêmicos,
reflorestadores, proprietários rurais, enfim, o mais variado público
de diferentes países têm buscado sobre esta informação
(estatísticas do blog).
As
perguntas frequentes são: "Até quando vai subir??"
- "Até quanto vai cair??"
A
resposta é: "NINGUÉM SABE!"
Não
existe certeza. Existe sim, um direcionamento de tendência onde
pode-se prever possíveis movimentações de preços, observando
cenários conjunturais do setor,
tanto internamente quanto no cenário internacional. O que está acontecendo na China? Como está o tempo na Indonésia? Como está o abastecimento no mercado europeu e americano? Não trata-se de uma simples questão de "quanto a fábrica paga" ou de "por quanto o resineiro vende".. Mas todos já sabem disso.
tanto internamente quanto no cenário internacional. O que está acontecendo na China? Como está o tempo na Indonésia? Como está o abastecimento no mercado europeu e americano? Não trata-se de uma simples questão de "quanto a fábrica paga" ou de "por quanto o resineiro vende".. Mas todos já sabem disso.
Alguns
até criticam este blog, por não manter uma cotação atualizada
"dia-a-dia", e por isso o mesmo não merece
"credibilidade". Gostaria de agradecer as críticas e dizer
que esta não é nossa função. Determinar preços para a resina,
sendo que o preço é definido pelo comprador e pelo vendedor em cada
negociação.
O
que apresentamos é um quadro com as cotações médias do período,
divulgadas pela ARESB, que é a entidade representativa do setor, e
gráficos com dados coletados em diversas entidades oficiais, e
pesquisas de mercado junto a compradores e vendedores. No Brasil não
temos uma "Bolsa de Resina" que ajuste os preços, assim
como ocorre na China com o Breu.
Em
alguns estudos notamos que há uma relação entre os movimentos do
breu chinês e da resina brasileira, graficamente visíveis, mas o
que determina tudo, é realmente o próprio mercado. Oferta e
demanda.
Ninguém
pode considerar-se um "guru" da resina e prever o que
acontecerá no ano que vem, ou daqui a 10 anos.. É possível como
dito antes, observar o comportamento do mercado e desenvolver
estratégias de curto, médio e longo prazo. E ir ajustando no
percurso.
Devido
a fatores ocorridos na Ásia, os preços subiram bem acima da média
em 2010/2011, o gráfico 1 pode mostrar com clareza, e a linha preta
que corta o gráfico, é uma linha de tendência, observe que o preço
se mantêm próximo a ela historicamente, e quando o preço sobe,
tempo depois retorna a ela e quando cai, retorna a ela novamente. Os
preços alcançaram nos últimos meses acima da casa de R$ 4.300,00.
No
gráfico 2 podemos observar as médias de preços da resina em
comparação com o breu e terebintina para exportação, em US$,
atualizados até outubro/13. Observa-se que os dois últimos anos, os
preços da resina estiveram pouco acima da média dos anos
anteriores, exceto 2010/2011, porém a diferença do preços dos
derivados foi maior em relação aos outros anos.
Já
no gráfico 3 podemos observar a diferença entre os preços da
resina brasileira e o breu chinês (BGR), convertido em R$, e no
gráfico seguinte as indicações deixam claro que a movimentação
da resina, acompanha a movimentação do BGR com um tempo de resposta
visível.
Muito
bem, qual será o destino dos preços da resina de agora em diante?
Irão
manter-se em um patamar elevado? Por quanto tempo? Vão cair? Até
quanto?
São
diversas as inquietações que pairam nas pessoas.
Diversos
fatores contribuirão para responder essas questões, como a
quantidade de florestas resinando e de resina sendo comercializada, a
oferta de derivados por parte dos países asiáticos, os preços
internacionais, a demanda por parte dos EUA e Europa.. A entrada de
players internacionais no mercado brasileiro..
Uma
coisa é certa, os preços precisam manter-se num patamar competitivo
para os produtores/resineiros, e para os consumidores/fábricas de
derivados.. para que os subprodutos não permaneçam com preços
elevados e menos atrativos em relação aos concorrentes asiáticos,
ou até mesmo em relação aos produtos substitutos.
A
resinagem bem planejada e integrada com outras atividades,
agrossilvipastoril por exemplo, podem produzir lucratividade viável
e estável. Bruscas mudanças de preço, quer para cima ou para baixo
podem trazer insegurança, com reflexos e impactos até mesmo na mão
de obra, gerando instabilidade.
Desejo
à todos uma Excelente Safra!!
Por
Thannar Bubna
Clique no gráfico para aumentar o tamanho.
Gráfico
1
Gráfico
2
Gráfico
3
Gráfico
3 (indicadores)
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