Resultados da Pesquisa sobre o Setor de Resinas

Pesquisa - Blog Resina de Pinus
As pesquisas são formas eficazes de avaliar o que um determinado grupo pensa e percebe um mercado. Quanto maior o número de entrevistados melhor será a compreensão do cenário.
Fizemos esta breve pesquisa para entender o que os participantes do mercado de resina pensam sobre o setor, infelizmente poucos responderam, 31 pessoas, e em respeito à essas pessoas que gentilmente tomaram seu tempo para nos dizer o que pensam, gostaríamos de expor os resultados da pesquisa e algumas considerações.
Desde já agradecemos aos que participaram.


Veja as perguntas e os gráficos com as respostas.

Pergunta 1

Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta: Como você vê o mercado?. Número de respostas: 31 respostas.

Com cenários definidos de mercado, sendo: Livre Mercado, Mercado Controlado, Mercado Monopolizado e Mercado seguindo a tendência internacional, a maioria respondeu que percebe o mercado “monopolizado”, dominado por um grupo de empresas apenas, em seguida o mercado controlado por um índice e acompanhado pelos outros participantes.
Isso sinaliza, que na percepção dos entrevistados, pode haver pouca transparência nas negociações.
O mercado consumidor de resina in natura no Brasil, é composto por poucos grupos empresariais, concentrados na região Sudeste e Sul, com um número relativamente limitado de fábricas que processam toda a resina nacional, de certa forma compatível com a quantidade de áreas existentes e com o volume de produção.

Sabemos que as áreas são limitadas, e os novos plantios de pinus para resina têm sido feitos, mas ainda abaixo do ideal para o suprimento a médio e longo prazo, segundo as estatísticas. Inclusive, muito se disse sobre um “apagão florestal” (ou pelo menos uma diminuição sensível) em relação ao pinus, e podemos incluir sem receio, a diminuição das áreas para resinar no futuro, e somente quem está plantando agora (ou plantou nos últimos anos) terá condições de permanecer produzindo, a exemplo do Espírito Santo, com o Programa Pró-Resina, com mudas melhoradas para alta produtividade.
Uma coisa é certa.. Plantar pinus para resina É UM BOM NEGÓCIO!

A grande oportunidade é utilizar sistemas integrados, por exemplo, o sistema agrossilvipastoril, mesclando a floresta de pinus, com plantio de grãos (milho, soja, feijão), pasto para o gado premium, chamado “green beef”, produção de madeira, resina e biomassa para energia.
Existe um paradigma, de que se existirem muitas florestas resinando, o preço vai cair. Mas esse fator abriria duas possibilidades:
1) O surgimento de novas indústrias
2) A exportação da resina in natura


Pergunta 2
Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta: Você faz parte de alguma associação do setor? Qual. Número de respostas: 31 respostas.

Perguntamos aos entrevistados qual associação do setor eles participavam, e como a opção era aberta, surgiram várias respostas duplicadas e algumas sem sentido.. fora do objetivo. Mas a ARESB - Associação dos Resinadores do Brasil, foi a opção apontada por 32%, seguida por SBAG - Sociedade Brasileira de Agrossilvicultura, APROMIP - Associação dos Produtores Rurais de Itapirapuã Paulista, mas a grande maioria respondeu que NÃO PARTICIPA de nenhuma associação.
É sabido que negociar através de associações ou cooperativas é vantajoso para grupos de produtores, mas no setor de resinas, existem poucas opções, abrindo oportunidades para grupos regionais de resineiros, se organizarem e vender a produção em conjunto, comprar insumos em maior escala, entre outras ações, que melhorem a rentabilidade dos produtores de resina.


Pergunta 3
Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta: Você acha que essa associação representa bem os seus interesses?. Número de respostas: 31 respostas.

Conforme a questão anterior, a maioria não participa de nenhuma associação do setor, e daqueles que participam, metade acha que está o representa bem, e metade acha que não representa. Alguns não souberam dizer.
A criação de associações regionais, talvez seja uma opção para que os produtores sejam melhor representados, pois atualmente existem resinagens em diversos estados distantes dos pólos tradicionais situados no sul e sudeste. Por exemplo, Rondônia, Tocantins, Goiás..



Pergunta 4

Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta: Você conhece algum índice de preços para a resina Brasileira?. Número de respostas: 31 respostas.

Neste caso a maioria respondeu que conhece algum índice, mas aproximadamente 42 % ainda não conhece nenhum.
Diferentemente do setor de Látex, em que os preços são cotados diariamente e publicados em diversas mídias, associações, etc. A resina possui índices históricos de preços publicados no site da ARESB, referente aos meses anteriores, sendo necessário que o resineiro busque informações de preços atualizados diretamente com os compradores.



Pergunta 5

Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta: Você confia nesse índice?. Número de respostas: 31 respostas.

Quase metade dos entrevistados afirma que NÃO CONFIA no índice que conhece, 35% deles CONFIA e alguns não sabem dizer.



Pergunta 6

Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta: Qual a solução para os preços na sua opinião?. Número de respostas: 31 respostas.

45 % dos entrevistados acha que a criação de uma “Bolsa de Resina”, seria o ideal.. Seguido pela criação de um índice público semanal (29%), e para 16% deve manter como está.



Pergunta 7

Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta: Onde você busca informações sobre o mercado da resina?. Número de respostas: 31 respostas.

O site da ARESB é o canal mais procurado, com 32%, seguido pela consulta com contatos no Whatsapp.. O Painel Florestal também foi citado com 16%, seguido por outros canais de menor relevância.
As questões de preços e meios de consulta, formação de índices semanais oficiais, criação de uma “Bolsa de Valores de Resina”, são questões que dependem da união e organização de todos os envolvidos no setor, ou pelo menos, da maioria deles, para apresentação de ideias e apoio na execução das mesmas.


Pergunta 8

Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta: Você usa planilhas para a gestão de custos da sua resinagem?. Número de respostas: 31 respostas.

Cerca de 48% dos entrevistados utiliza algum tipo de planilha para fazer a gestão dos custos da resinagem, o que é muito positivo. Nota-se que 38% “não usa” ou “gostaria de usar”, e alguns não vêem necessidade ou estão desenvolvendo.
Controlar os custos de produção da resina, é um fator determinante para o sucesso do empreendimento, e as planilhas podem ajudar muito.
Pensando nisso, o Blog Resina de Pinus disponibilizou um link para o download de uma planilha para o controle financeiro da resinagem na safra 2018/2019, totalmente GRÁTIS!



Pergunta 9
Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta: Qual a solução para a comercialização de resina seria viável para você?. Número de respostas: 31 respostas.

Aproximadamente 42% respondeu que a venda através de uma associação regional seria a solução. 25% acha que exportar a resina seria a solução e 25% prefere continuar como está. Nota-se que a grande maioria opta por soluções que são pouco utilizada atualmente.
A criação de uma associação regional de produtores é menos complexa que uma cooperativa, e pode ajudar na comercialização da resina, compra de insumos.
A exportação de resina in natura é uma opção a ser estudada, de acordo com a estratégia de cada produtor ou associação de produtores.




Pergunta 10

Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta: Qual fator é mais importante para você?. Número de respostas: 31 respostas.

Ao contrário do que se esperava, apenas 22% dos entrevistados responderam que o preço é o mais importante.
38,7% acham a “estabilidade nos preços” mais importante, e 32% acha que novas técnicas para diminuir os custos de produção podem ser mais importantes.
Poucos falam em “novos compradores”
Historicamente os preços da resina, são voláteis e de acordo com cada momento do mercado, mostram grandes variações, e isso é um problema para o produtor, que não consegue se programar no longo prazo. Geralmente os contratos de arrendamento são de três anos, e um preço estável, gera maior segurança para manter o negócio sustentável, e vantajoso para ambas as partes.
Conhecendo exatamente os custos de produção de cada tonelada, é possível estabelecer uma margem de lucro mínima e então acompanhar as oscilações dos preços, obtendo mais ou menos lucro, de acordo com o cenário daquele momento, e os custos de cada produtor.
Já vimos tempos em que os preços estavam abaixo dos custos de produção. Algumas empresas têm custos maiores que as outras, ou mesmo que um produtor individual.
O estudo de novas técnicas de resinagem para diminuir os custos de produção, também é de suma importância, e pesquisadores, entidades governamentais, profissionais e empresas, estão estudando o assunto, que será matéria para novas publicações no blog.


Se você concorda ou discorda de qualquer ponto do questionário. Fique à vontade para dizer o que pensa nos comentários.

Mais uma vez, agradecemos a todos que responderam a pesquisa.

Boa sorte à todos!

Equipe do Blog Resina de Pinus.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos a visita em nosso blog. Deixe seu comentário ou sugestão.

Destaque

Canal Resina de Pinus no TELEGRAM e o fim do Blog!

 A quem possa interessar.. Segue o link do novo canal RESINA DE PINUS, no TELEGRAM: https://t.me/resinadepinus Decidimos descontinuar o pres...